Investir no Brasil Hoje: 3 Principais Motivos

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No final do ano passado, o mercado brasileiro já se mostrava otimista com relação à possibilidade de retomada do crescimento econômico, gerado pela entrada de um novo governo alinhado às pautas liberalistas e pelo posicionamento de uma nova onda favorável para se investir no Brasil.

Os analistas começaram a montar previsões de Crescimento do PIB na casa dos 2,5% para 2019 e a euforia tomou conta de boa parte dos investidores, que agora podiam enxergar que investir no Brasil era um bom negócio. Finalmente, um ciclo de crise, que já durava mais de 4 anos, parecia estar prestes a acabar trazendo o início de uma nova era de prosperidade.

Para que esse cenário viesse a se tornar realidade foi necessária a aprovação e implementação de uma série de medidas que mudariam de forma eficaz todos os aspectos que contribuíram para o retrocesso de nosso país, dentre as principais podemos citar:

  • Medidas econômicas
  • Reformas estruturais
  • Programas de privatização

Dessa forma, ao longo do ano de 2019 essas pautas foram amplamente debatidas por especialistas e legisladores, sofrendo alguns reveses durante seu processo e, ainda agora, estão sendo desenvolvidas. 

Ou seja, com o vai e vem rotineiro do nosso sistema decisório, que continua se mostrando ineficiente, as discussões acabaram se postergando de forma não esperada, atrasando também a nossa retomada econômica.

Por que esse processo é tão lento? Você deve estar se perguntando.

Em primeiro lugar, o buraco nunca esteve tão fundo como está agora, o déficit orçamentário nacional já alcançou o seu sexto aniversário e aponta para um cenário evidente de insolvência nas contas públicas. Falando de forma mais simples, o Brasil corre o Risco de Falir se nada for feito, situação que foi causada por décadas de excessos de gastos irresponsáveis e incompetência na gestão de recursos por parte dos governos.

O Brasil está fazendo hoje o que deveria ter feito a mais de uma década, algo que boa parte do mundo já fez a muito tempo atrás: 

  • Fazer um planejamento previdenciário sustentável para as próximas gerações;
  • Reformular o sistema fiscal;
  • Desestatizar o comando operacional de nossas maiores empresas.

Estamos finalmente “arrumando a casinha”, e tornando as nossas estruturas orçamentárias verdadeiramente sólidas. As falhas para investir no Brasil que viemos cultivando durante tantos anos não serão corrigidas num piscar de olhos. Contudo, quando essas mudanças forem implementadas, o Brasil voltará a ter um crescimento sólido e sustentável.

Embora a expectativa de crescimento do PIB tenha sido comprimida de 2,5% para 0,8% ao longo desse ano e que a aprovação da reforma da previdência tenha demorado mais tempo que o esperado, uma série de fatores comprova que o crescimento dos próximos anos é só uma questão de saber esperar e que vale sim a pena se investir no Brasil.

1. Baixa histórica nos juros 

O Banco Central tem executado uma política monetária com viés extremamente expansionista nos últimos anos, levando a taxa de juros de 14,25% (em 2014) para o Menor Patamar de Juros que o país já teve de 5,0%

Dessa forma, o governo espera um barateamento da captação de crédito e um aumento da atratividade de impulsionamento de novos negócios, gerando a criação de mais postos de trabalho e, consequentemente, a volta do consumo por parte da população brasileira.

Essa medida ainda não mostrou resultados visíveis com relação ao retorno da atividade econômica e o aumento da produção, por outro lado, já podemos observar que o número de emissões de títulos privados para a captação de crédito sofreu um crescimento de mais 152% entre os anos 2016 e 2018

Isso já indica a iniciativa das empresas em tomar crédito a um custo menor para financiarem seus projetos.

Mesmo que no curto prazo o aquecimento do mercado ainda não seja aparente, o cenário nacional para a entrada de novos investimentos e a volta do consumo apresenta um grande otimismo. 

Vale a pena lembrar que, após 2008, com o início da crise econômica global, Ben Bernanke (Presidente do FED na época) também implementou um severo corte na taxa de juros americana como forma de manter o cenário econômico dos EUA.

Quando a população de um país passa por uma crise sem precedentes por um longo período, é difícil se reconquistar a confiança de voltar a consumir da mesma forma, porém com o tempo o hábito do consumo acaba voltando quando a economia mostra sinais de crescimento.

Quando essa retomada começar a ganhar força, é importante que já estejamos preparados, portanto, o momento para se começar a investir no Brasil é agora.

2. Reformas Estruturais

A recente aprovação da reforma da previdência já trouxe um novo fôlego para nossas contas. A arrecadação de mais de 800 bilhões de reais previsto para os próximos 10 anos, possivelmente, tira o Brasil do seu estado de emergência nos próximos ciclos. Entretanto, algumas providências adotadas já contribuem para essa melhora no cenário e outras que, caso aprovadas, também poderão gerar uma maior euforia por parte dos investidores. Dentre essas medidas, estão:   

  • Teto dos Gastos: Medida que visa limitar os gastos previstos no programa orçamentário do governo. (Em vigência)
  • Lei da Liberdade Econômica: Lei que diminui a burocracia para os setores corporativos. (Em vigência)
  • Reforma Trabalhista: Reforma que auxiliou na diminuição da ocorrência de processos trabalhistas contra as empresas. (Em vigência)
  • Reforma Tributária: Essa reforma visa simplificar um dos modelos mais complexos do mundo de arrecadação tributária, porém a aprovação desta medida encontra muitas barreiras sobre determinadas pautas. (Em processo)
  • Mudança do Pacto Federativo: Defende a descentralização da distribuição de fundos e das decisões sobre como devem ser alocados, transferindo essa responsabilidade da União para os Estados. Isso diminuirá a trajetória que os recursos arrecadados possuem para seus devidos destinos, minimizando o risco de desvios no meio do caminho. (Em processo)
  • Autonomia do Banco Central: Projeto que busca formalizar a independência que o Banco Central do Brasil (BACEN) possui em relação ao governo, mitigando a poder de influência que as vertentes políticas dos partidos possuem nas suas decisões. (Em processo)

Portanto, com a aprovação dessas propostas, nosso cenário macroeconômico dará um salto galopante rumo a uma tendência de crescimento, consolidado por bases mais rígidas e sustentáveis. A partir disso, o ambiente econômico estará muito mais propenso para se investir no Brasil e colher bons resultados. 

3. Programa de Privatizações   

Existe um fenômeno que está presente no Brasil e que pode ser observado na história de outros países ao redor do mundo.

O fato de que todo país que possui seus principais serviços e meios produtivos concentrados nas mãos da administração pública passam por dois problemas graves no decorrer do tempo: A ineficiência do setor público na gestão desses meios e a criação de um sistema libertino de privilégios.

Sendo assim, num país onde casos de corrupção, conluio e abuso de autoridade ocorrem naturalmente, esses problemas são agravados e tendem ser postergados por uma onda de anseio a estagnação.

Vários países ao redor do mundo já passaram por essa mesma situação e viram como solução ao problema a desestatização das coisas, como podemos observar nos seguintes casos:

  • Reino Unido: Em 1979, quando Margaret Thatcher entrou no comando da país, a Dama de Ferro se deparou com uma estrutura governamental que empregava mais de 30% da força de trabalho e que demonstrava péssimos resultados. Ela passou todo o seu governo implementando ações cortes de taxas burocráticas, controle inflacionário, restrições aos sindicatos e, principalmente, privatizou boa parte do setor industrial. Como consequência, ao final de seu mandato o PIB per capita já havia se multiplicado em 2,5%, número que só viria a aumentar ao longo dos anos.
  • Leste Europeu: Os países que por décadas permaneceram sob o regime socialista da União Soviética também passaram por um grande processo de privatização, como podemos ver nos exemplos da Rússia, Hungria, Polônia, dentre outros. O caso da Polônia foi evidentemente o mais positivo de todos no longo prazo, pois a implementação das privatizações se manteve ativa, mesmo com 17 trocas de governo durante esse período. Como resultado, hoje a Polônia possui uma economia forte com taxas de crescimento semelhantes às dos Tigres Asiáticos.
  • Austrália: O país viveu uma situação de fechamento comercial com o resto do globo, controle salarial nas mãos das autoridades governamentais e presença forte de um monopólio estatal em muitos setores econômicos, isso até meados dos anos 80. Essa realidade foi aos poucos alterada, com as iniciativas privatizantes e a aprovação de uma Reforma da Previdência nos moldes do regime de capitalização (Como foi proposto inicialmente pelo Ministro Paulo Guedes). Com essa implementação, o sistema previdenciário australiano passou a representar 4% do PIB, chegando a um dos patamares mais baixos do mundo.

Esses são alguns casos de sucesso que podemos visualizar sobre como os processos de privatização e as agendas reformistas foram essenciais para a construção de estruturas econômicas fortes e sustentáveis.

Certamente, o setor privado é movido pela melhora constante da eficiência do processo produtivo e da eficácia na geração de resultados, premiando a meritocracia e buscando incessantemente por ganhos cada vez maiores. Dessa forma, valores que coincidem com a necessidade de crescimento do país e com a prestação de serviços de qualidade para a população, algo que dificilmente poderá ser encontrado pela administração pública, que invariavelmente acaba por incentivar o comodismo e o privilégio.  

Conclusão

Em conclusão, o que o Brasil está vivendo hoje é exatamente o mesmo processo que vários países bem desenvolvidos já passaram em sua história.

O caminho é árduo e com certeza haverá ocasiões de forte resistência, pois toda grande mudança causa incômodo, porém são sempre necessárias.

As propostas já estão em debate na mesa de discussão e, por mais que o Brasil seja reconhecido pelo seu alto grau de incertezas, boa parte dos analistas acreditam que um grande cenário de mudanças será realizado

O país pode estar avançando a passos curtos, mas não está em inércia!!!

Esse é o momento para se investir no Brasil, pois estamos prestes a presenciar uma virada de chave que modificará a forma que o país irá se comportar no futuro e, quando isso acontecer, você vai querer estar posicionado para participar desses ganhos.

Quer investir com a mesma eficiência? Converse com um de nossos especialistas para aprender como fazer isso para você.

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